As eras III
“AS ERAS III”
Saindo da era
prospera e arraigada de Touro e adentrando na era de Áries (em torno de 2300 a 150 A.C) vieram as buscas por
emancipações. Foi a era da impetuosidade, de conflitos, das guerras, da
prepotência, da coragem, da liderança. Quem já usufruía de um poder fixo (Reis,
Imperadores, Faraós) sentia em seu âmago uma necessidade de expansão e ela,
conseqüentemente, desencadeou inúmeros conflitos. É a época do metal e do
ferro, muito utilizados como armas de guerra.
Foi
nesse tempo que os Egípcios tornaram os Hebreus seus escravos. Sendo esse povo
libertado e depois guiado por Moisés, por longos 40 anos, até a terra
prometida, no conhecido “Êxodo” numa atitude de independência e coragem, Moisés
seria o “avatar” dessa era, assim como Jesus Cristo seria na de Peixes. Áries é
representado pelo carneiro, a Bíblia, em alguns trechos, menciona o sacrifício
desse animal, pode-se dizer que a Bíblia e a astrologia convergiram com dados
históricos, embora a Igreja não aceite isso.
Foi
nesse momento que os povos gregos, latinos e persas começaram a se fundir,
criando etnias que seriam vistas posteriormente na Europa. Essa era teve a
influência de Libra, oposto complementar de Áries, persuadiu a união com o
outro pela filosofia, conhecimento, cultura, política. Por ex.: os macedônicos
dominaram os persas, o povo dominante trouxe para si a cultura do dominado e
aceitou-se a troca mútua, muito embora tivesse em seu ímpeto de domínio (Áries)
a balança do equilíbrio (Libra) fizeram aproveitar muitas coisas úteis, havendo,
com isso, uma miscigenação tanto de povos quanto de culturas.
É
imperioso relatar que foi a partir dessa era que houve o esquecimento da figura
feminina, pelo fato de que Áries tem um conceito mais do masculino, já Touro
(era anterior) tem o lado feminino e a Lua também.
Possivelmente a ilustração mais candente dessa era seja “Alexandre o
Grande” (356 a 323 A.C). Alexandre foi o primogênito de Filipe II e Olímpia,
foi preparado para ser Rei desde cedo, sua instrução foi física e intelectual.
Seu período foi o “helenístico”, que coincidiu com grandes pensadores, Platão e
Sócrates foram de tempos pretéritos próximos, mas Aristóteles, para muitos o
maior filósofo de todos, introdutor dos três poderes, foi o seu mentor, dos 13
aos 16 anos de idade Alexandre foi doutrinado por ele. Aos 20 anos se tornou
Rei, dominou o Egito, Pérsia, parte da Europa, chegando até a Ásia, mais
precisamente na Índia, local onde foi o seu limite, seu exército já estava
cansado e perdeu seu cavalo, Bucéfalo, amigo tão importante que foi dado nome
de cidade, Bucéfala no Paquistão. Alexandre faleceu na babilônia aos 32—33
anos, ficando o registro de ser “a figura humana” da Era de Áries, ele criou um
caminho para a próxima Era.
Era de Peixes (150 A.C até 1960, 1997, 2000, 2010, 2017), fica o alerta de que os
astrólogos não têm convicção da data de sua chegada, por isso a referência a
inúmeras. Assim como o fogo, a água de Peixes também simboliza purificação, mas
também traz a fertilidade, o instinto primordial e a mediunidade. Peixes
carrega uma dualidade. Ao mesmo tempo em que tem o espírito elevado ao ponto de
se tornar um mártir, pode querer escapar da realidade. Piscianos enxergam
sempre o futuro, são visionários e bondosos, mas também se impressionam com
facilidade e são influenciáveis.
É
inegável que Jesus marca a era de Peixes. Seus ensinamentos carregam a mensagem
de um Deus mais compreensivo, que deseja que a bondade e a solidariedade
aflorem entre os seres humanos.
A bíblia cristã carrega muitos simbolismos da era de Peixes. Cristo é batizado na água,
apóstolos são pescadores, há o milagre da multiplicação dos peixes, entre
outros... O "cordeiro de Deus que tirou os pecados do mundo” representa o
Cristo que perdoa as civilizações da era de Áries e prepara os homens para a
nova era de Peixes. Repararam nos adesivos de peixe
num carro?
Aliás, outro problema dessa era foi Peixes deixar um pouco de
lado Virgem, seu signo oposto que poderia trazer mais equilíbrio. Esse
desbalanceamento trouxe conseqüências não tão benéficas para a humanidade.
A Virgindade feminina até o casamento foi confundida com
a "pureza” do corpo.
Isso
sem falar no esquecimento pelo calendário (Solar) Gregoriano de 1582, em que a
Lua foi deixada de lado, o satélite representa a mulher. As mulheres que
sofreram num sistema patriarcal, que sofreram com a inquisição na Idade Média,
que muitas foram acusadas de bruxaria e queimadas por conta disso e bruxaria
ficou como algo pejorativo, a própria mulher que é acusada de pegar o fruto
proibido (na Bíblia é Eva quem morde a maça e não Adão).
Fica evidente que a Igreja Católica,
em grande parte dessa Era, utilizou-se da espiritualidade para fins
doutrinários, para fins de penitência, como Peixe é o guardião da 12ª Casa, da
espiritualidade, a sociedade provavelmente não estava apta para desenvolvê-la e
muitas raças, classes e gêneros sofreram com isso. Talvez agora com a chegada
de uma nova era haja uma ruptura com esses dogmas arcaicos, uma vez que a
sociedade mundial está clamando por isto: igualdade de raças, verdadeira
espiritualidade, a mulher no topo, meio-ambiente, maior distribuição de
riquezas.
A
era de Aquário trará isso, o mundo será das mulheres, sentimos falta desse lado
feminino valorizado, ignorado por muitos anos, uma Terra mais sensível, perceptiva,
gentil, empática, mais matriarcal!!! Mas também com espiritualidade, não uma
imposta, porém buscada por cada ser, cada um no seu processo de autoconhecimento
e de entendimento de si e de todos. Valorizar o nosso ambiente para que nossos
filhos, que serão seres mais evoluídos, melhorem o nosso Mundo.
Marcell Schaidhauer Barcellos
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