Liberté, Egalité, Fraternité

 


Liberté, Égalité, Fraternité

 

                                              A queda da bastilha, em 1789, foi um fato histórico, em que ocorreu a ruptura de um sistema baseado no absolutismo de um Monarca para a vinda de um sistema Republicano, proporcionando, com isso, inúmeros direitos, os quais são exercidos, hoje em dia, por vários Estados Democráticos de Direito, inclusive o nosso.

 

                                               Essa queda aconteceu na França, no final do século XVIII, na chamada “Revolução Francesa” o povo francês acometido por atos tiranos de seu Rei, Luís XVI (foi decapitado), tomou o poder, com a ajuda de inúmeras frentes, dentre elas estava o “Iluminismo”. Esses pensadores trouxeram como lema o seguinte dizer: ‘’Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Dado ao sistema absoluto, as pessoas sofriam pela carência do Estado. Com o passar dos anos esse lema foi se aperfeiçoando na França e passou a integrar o sistema de outros países.

 

                                               No caso do Brasil, vimos na Constituição Federal de 1988 a sua aplicação concreta formal. Do artigo 5º ao 17º estão assegurados nossos direitos fundamentais, que tem como diretrizes a Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Nos chamados direitos “negativos” de 1ª dimensão, em que não há interferência Estatal, ele se abstém para que o direito possa ser exercido, podemos exemplificar como: o direito à liberdade de reunião (bem presente no atual contexto, num confronto com outros direitos), à propriedade, à inviolabilidade de domicílio, à participação política, ao controle social.. etc.

 

                                               Já a igualdade está na manifestação do Estado, nos chamados direitos “positivos” também chamado direitos de “2ª dimensão” (à medida que o Estado e a sociedade vão evoluindo, vai ascendendo a dimensão), em que não há uma abstenção dele, mas sim uma ação, chamados de direitos coletivos, ex.:  direito à saúde, à educação, à previdência. A igualdade se divide em dois sentidos: num sentido formal, em que todos são iguais perante a lei, e o sentido material em que se deve buscar a igualdade real, tratando de forma desigual pessoas que se encontram em situações desiguais, na medida e proporção de sua desigualdade. Seria uma maneira de compensar preconceitos históricos, bem como suavizar uma questão de gênero ou idade. Ex.: Quotas para negros, pessoas com deficiência física, idosos, gestantes, etc.

 

                                               A fraternidade está ligada ao caráter intrínseco do indivíduo de que um terceiro, conhecido ou não, deve ser tratado como um “irmão”, como se fosse aos olhos de Deus. Nada mais é do que um sentido ético da pessoa, sendo o entendimento concreto de que os outros tem direito à liberdade, á igualdade, por isso também é chamado de 3ª Dimensão. Ex.: direito á paz, ao meio ambiente, à auto determinação dos povos, à comunicação. Pode parecer simplório, mas numa comunicação se deve respeitar o momento da fala de alguém e ela o mesmo. Direito ao meio ambiente (no meu ver o princípio nevrálgico) em que se deve respeitar aos animais, são nossos “colegas” na Terra e não nossos servos. A fraternidade poderá ter uma mão num sentido negativo, como é o caso da Maçonaria infiltrada no serviço público, em que “esses irmãos” se auto beneficiam.

 

                                           Um grande exemplo atual das junções dessas dimensões é o direito à reunião, esse direito não é necessário pedir autorização do Estado, mas de tão somente comunicá-lo, a fim de não frustrar uma reunião de outro grupo no mesmo local, todavia pessoas com ideologias diversas estão ocupando o mesmo espaço, ocasionando, com efeito, divergências. Vimos que depois de 231 anos ainda está incipiente em nossa sociedade a busca por essas dimensões, talvez tenhamos que aprender muito ainda, olhar mais para si e menos para o outro, entretanto é um processo de cada um. Pode-se inferir que vários habitam o mesmo ambiente, contudo em “dimensões” paralelas.

 

                                             Há de se ter compaixão, bem como compreender os regramentos estatais. Não se pode ter “um trampolim” de uma situação para outra, primeiro se deve perceber como se vive em sociedade, para depois usufruir de certos privilégios. As pessoas não sabem lidar com uma ciclovia e querem andar armadas!

 

                                             Acontece que os três lemas citados estão ligados diretamente ao Zodíaco, são características dos signos de Ar: Aquário (liberdade), Libra (igualdade), Gêmeos (fraternidade). Os signos de Ar são aqueles ligados ao mental, à busca de conhecimento, à filosofia, ao idealismo.Provavelmente, em 1789, por ser o momento do “iluminismo” alguém tenha vinculado isso. Em que o ar é livre, o ar é de todos e se deve ter empatia pelo ar de todos.

 

                                               Não à toa que, segundo a maioria dos astrólogos, já estamos na “era de aquário” a era do coletivo, em que se converge com a atual conjuntura, o nosso ar está sendo suprimido pelo COVID e por suas consequências, porém “as eras”- por serem um assunto prolongado- ficam para outro momento.

Marcell Schaidhauer Barcellos

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