"A Ilha"

 


“A Ilha”

 

                                   Num determinado lugar, dentro de um continente que era conhecido como “a ilha”, habitava bilhões de seres, humanos e animais. Para satisfazer o seu desejo alimentar e de enriquecimento, os humanos iam gradualmente dizimando a raça animal, até o momento em que umas já estavam extintas.

 

                                   Dentro desse local, a grande maioria dos humanos não acreditava que existiam outras ilhas, ou outros locais com vida, embora tivessem enviado “barcos” para averiguação, poucos entendiam que eles eram apenas um “grão de areia”, conforme as inúmeras estrelas que vislumbravam à noite. Os céticos entendiam que o seu ego era do tamanho do céu, mas, na verdade, era da altura da sua crença.

 

                                  Certa vez, alguns forasteiros vieram até a ilha e avisaram as pessoas para diminuírem o consumo dos animais, já que eles são primordiais para a sobrevivência da ilha, assim como respeitassem as pessoas, porque todos são filhos do Criador, que honrassem a natureza do local, caso isso não ocorresse algumas catástrofes poderiam acontecer. Como já de costume, a maioria não lhe deu ouvidos e o “automático” permaneceu.

 

                                  O primeiro acontecimento foi com o fogo, inúmeras florestas da ilha foram varridas, depois foi o vento levando tudo que tinha pela frente. Depois disso, veio pela terra, com terremotos derrubando tudo que era alto e levando pelos confins do chão. Por último, depois da cisão pela terra, vêm tsunamis pelo mar, sendo o mais potente e desafiador de todos. Inúmeras vidas, de todos os seres habitantes da ilha, tiveram “a passagem”, não houve nenhum canto da ilha que não sofreu.

 

                                  É claro que tiveram algumas partes que receberam os eventos com maior gravidade, como os habitantes do Leste, costumeiramente chamados de “amarelos”, assim como a tribo dos “yankees”. Os seres externos voltaram, e deram mais um chamado: ou honrem a si e a todos, com compaixão e amor, ou os eventos não terão fim.

 

                                 Passados cinco anos, dentre repetições de avisos e acontecimentos “naturais” e os habitantes foram reconhecendo a força da vivência interior e exterior. Aqueles que permaneceram conheciam a si mesmos realmente, sabiam de sua força interna e de sua existência eterna, tinham a plena convicção de que o todo é único e ele é imenso.

 

                                  Além do mais, tinham a certeza de que eram uma gota do oceano, comparável com o tamanho do Universo, sabiam que os seres internos e externos da ilha eram seus “irmãos” da vida, que havia várias “gotas” espalhadas por vários “oceanos” rodeados por outras “ilhas”.

Marcell Schaidhauer Barcellos

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