Confúcio

 




Como o oriente vê a espiritualidade (1ª parte)

 

                        Muito se comenta acerca das religiões do ocidente, tendo como limite o budismo e o hinduísmo na península da índia e leste da Ásia, contudo quais crenças regem o povo chinês, japonês, coreanos, mongóis? Desde o século VI A.C pensadores como Confúcio e Lao Tsé têm influenciado essas regiões com os seus ensinamentos filosóficos, servindo como parâmetro de vida.

 

                        Confúcio, talvez seja mais conhecido, mas não mais importante, viveu em 551-479 A.C na China.  Nascido em uma família pobre do período feudal, ganhou reputação como professor ainda bem jovem, quando saía de cidade e cidade oferecendo seus ensinamentos. Por esse feito, foi considerado o primeiro professor particular de toda a China.
Durante toda sua vida pregou que o ser humano deveria se preocupar apenas com a busca da sabedoria e da capacidade de se colocar no lugar do outro, ou seja, ter empatia.

 

                      O Confucionismo não é definido como religião, uma vez que sua essência está no entendimento das condutas morais e da ordem social, portanto não se encaixa nas ideologias religiosas geralmente pregadas no ocidente. Além disso, no confucionismo não há igrejas, templos ou qualquer organização em formato de clérigo. Também não existe a concepção de um deus todo poderoso e onipotente, assim como a ideia de vida após a morte.



                     Confúcio não é visto como profeta, muito menos sacerdote. Ele é tido como um guia espiritual, uma espécie de filósofo que educa seus seguidores para encontrar os caminhos da harmonia.
Vale destacar que o senso de humanidade é o principal alicerce do Confucionismo. Acredita- se que todos os seres humanos são bondosos. Portanto, enquanto doutrina, o Confucionismo irá pregar que é necessário se conciliar o temperamento humano com as posições políticas e sociais. Os representantes políticos são tidos como “pais do povo”, porém obedecem a autoridade do céu.

 

                        O Confucionismo acredita na busca pela harmonia da vida e do mundo, o Tao. Sendo assim, os seres humanos são estruturados por quatro dimensões: o eu, a comunidade, a natureza e o céu. Por causa dessas circunstâncias, os seres humanos precisam cultivar seis virtudes fundamentais:

Jen (bondade): a virtude mais elevada das existentes. Conhecida como a lógica do “amor ao próximo”, é a conduta da reciprocidade, do humanitarismo e benevolência.

Chun-Tzu (homem superior): de acordo com Confúcio, o homem atinge a perfeição quando é sábio, humilde, sincero, amável e justo.

Cheng-ming (comportamento adequado): o homem deve cumprir as regras de conduta, isto é, ajustar seu comportamento no dia a dia.

Te (poder e autoridade): o domínio do poder é necessário para se governar, porém deve ser feito de forma equilibrada e justa.

Li (consciência da vontade do céu): os governantes devem proporcionar um confortável padrão de vida ao povo, ofertando educação moral e aos rituais, pois sem estes aspectos o homem não é capaz de cultuar de forma adequada seus ancestrais e deuses do universo.

Wen (artes e música):expressão artística é como uma riqueza da sociedade.

                     Então, por conta dessas virtudes, o Confucionismo ressalta que o homem não tem necessidade de um Deus ou ser superior para ajudá-lo a alcançar a paz interior. Ele mesmo tem todas as armas para prosperar sua vida.

 

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