O início do atrito

 





O início do atrito

 

                    Abrão é um personagem da Bíblia, sendo de 10 gerações posteriores a Noé e 20 de Adão, era filho de Terah, vivia na região de Harã (hoje sul da Turquia) na cidade de Ur dos Caldeus. Foi casado com Sarai, certa vez, cansado da cidade que tinha oferendas a vários Deuses com imagens, resolve peregrinar e recebe um chamado do Senhor: partir para a Terra prometida.

 

                    Abrão sai de Harã, com sua esposa, alguns membros da tribo e seu sobrinho Ló, com sua família, depois de alguns anos, chega ao local, mas ele estava “ocupado”, além do mais estava um tempo de seca, para não ter atrito, segue viagem e chega até o Egito. Chegando no Egito, o Faraó fica encantado com a beleza de Sarai, Abrão mente que é sua irmã para que o Rei não o mate, já que tinha um decreto que se uma mulher que interessasse ao Faraó fosse casada, o marido perderia a vida.

 

                    Sarah é “raptada”, porém não amolece aos encantos do Faraó, dias depois uma praga assola os Egípcios, uma vez que Deus dissera a Abrão: “ abençoarei os que te abençoarem, amaldiçoarei os que te amaldiçoarem”. Assim, o Faraó, tomado de pragas, entendeu por libertar Sarai. Posteriormente a isso, regressam para a Canaã e fazem aliança com os Amonitas, sendo “bons vizinhos”. Ló, seu sobrinho, tinha pensamento diverso e resolve seguir outro caminho, partindo em direção à Sodoma e Gomorra.

 

                    Ló fica perplexo com a vida que se leva em Sodoma, promiscuidade, mortes em vão, luxúria, banalizações, ele e sua família tornam-se reféns de alguns mercenários, Abrão resolve salvá-los e logra êxito em sua jornada, liberando outras pessoas, em gratidão oferecem mulheres e bebidas, mas Abrão nega e volta para sua Terra, Ló permanece.

 

                    O Senhor avisa Abrão que ele será pai, já tinha 86 anos, Sarai, sua esposa era infértil, ele tem o filho com a criada de sua esposa, Agar, nasce Ismael, alguns anos se passam e Agar quer tirar o lugar de Sarai, então Deus diz que ela será mãe com 80 anos, Abrão já tinha quase 100 anos, nasceria Isaque significa “risada”, foi essa reação quando Sarai ouviu que seria mãe. Deus modifica os nomes deles: Abrão se torna Abraão “pai de uma multidão” e Sarai se torna “Sarah.

 

                    Isaque nasce e vira o “xodó” dos pais anciãos. O Senhor avisa Abraão que Sodoma e Gomorra sucumbirá por causa da promiscuidade, Abraão intervém para salvar o sobrinho, anjos são enviado para destruir as cidades, Jó é o único que os recebe com respeito, tinham passado na prova, eles mandam que ele e sua família vão embora sem olhar para trás, ele, sua esposa e suas duas filhas vão e só escutam o barulho da destruição, entretanto sua esposa olha para trás e se transforma em pedra.

 

                    Isaque e Ismael ficam próximos, mas suas mães ainda nutrem uma rivalidade, pois um deles reinaria depois de Abraão. Por influência de Sarah, Abraão manda Ismael e Agar embora, pelo fato de que Deus tinha dito que Isaque era o escolhido e Ismael poderia não deixar isso acontecer, ocorre que Agar tinha sido informada por um anjo que Ismael seria pai de várias nações, de fato foi, ele quem iniciou a vida do povo árabe. Islã vem de Ismael, dando início ao povo ismaelita.

 

                    Isaque permanece com o pai, á medida que cresce mais próximos ficam, no entanto, certo dia, Deus ,para provar a obediência de Abraão, ordena o sacrifício de Isaque no momento Moriah (local do 1º templo, de Salomão, e do 2º templo, em que Jesus pregou suas palavras), Abraão leva o filho para o ato, mas um anjo não permite, Abraão tinha passado por todas as provas.

 

                    Para celebrar, Melquisedeque, um dos mais próximos de Deus, envia pão e vinho para o povo de Abraão. Assim, foi a “cisão” entre judeus e árabes, dois irmãos que não poderiam viver juntos deram início a dois povos que têm diferenças até os dias de hoje, além disso foi com Abraão que se deu início a três das maiores religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo.

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