"O que importa é o que eu acho"
O que
importa....
Certa vez, numa discussão sobre futebol foi lançada, por quem ora
escreve, a seguinte frase: “o que importa é o que eu acho”. Aquilo
surgiu como uma exclamação na conversa, como se a opinião contrária não valesse,
ou, no final das contas, os dois debatedores iriam embora e cada um levaria sua
versão consigo. Mas será que é assim? Vale a pena falar isso? Valendo, cabe a tudo? Ou
para certas situações?
Primeiramente,
há de se fazer uma análise acerca do futebol. Ele não influencia em nossa vida,
alguns “tolos” que o deixam tomar conta delas, quase que fosse como um Deus,
seria, não há razão para duvidar disso, uma das formas do “paganismo moderno”.
Terminada a partida, a vida volta ao normal, mas sabemos que não é assim para
alguns. Este que subscreve já “ganhava” o final de semana com a vitória de seu
time, tudo estava certo, mera ilusão! Outra forma seria a televisão, com
novelas, séries, que nos fazem adentrar na vida de personagens, fazendo fugir
de nós mesmos.
Aquela
frase serve para a discussão acerca de um personagem numa série, isso não
mudará nada na vida dos “debatedores”, pelo contrário, é a visão de cada um e
ponto! O dizer pode soar arrogante para ouvido de alguns, contudo, entende-se
que é a simples emanação de um estado de consciência independente sobre fatos
meramente ilusórios, da fuga rasa, da busca do “fast food”, da euforia “do
macarrão instantâneo”, logo passará; já um estado de consciência firme,
permanente e reto, isso é duradouro.
É
claro que essa exclamação não vale para tudo, há de se ter percepção sobre a
realidade. Só pelo fato de que você é contrário a um governo, não sairá dizendo
que ele não existe. Há, foi eleito democraticamente e ele influencia a vida das
pessoas e a sua também. Têm alguns fatos que estão além de nossa opinião e esse
é um deles. Outro assunto polêmico é a religião, o que você acredita, ou deixa
de acreditar, não influencia na vida do outro, para ele vale da mesma forma.
“O
que importa é o que eu acho” é algo do livre-arbítrio, mas que é inserido
em determinados contextos. Ele nasce absoluto, mas há barreiras para entrar em
alguns fatos, portanto sua vivência é relativa. O que se depreende disso é
quanto maior ele for, mais assuntos e pessoas abarcará. Quanto mais empatia ele
tiver, maior compreensão dos outros e dele terá. Até porque essa frase é como é
a vida, ela se molda, se modifica com os anos, com as novas perspectivas,
estando, consequentemente, apta para “relativizar” o absoluto.
Marcell Schaidhauer Barcellos
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