O ciclo natural

 




O ciclo natural

 

                              Nascemos, vivemos e, por fim, morremos, esse ciclo (chamado de Sâmsara pelos Vedas) vai se repetindo ao longo de nossas inúmeras vidas, contudo há encarnações em que alguns seres querem “burlar” a ordem natural desse processo, isto é, querem desalinhar o planejamento divino e da própria alma.

 

                              O nascimento é a maior benção, a grandiosidade do ato confirma isso, já que dizem que a dor do parto é a maior de todas, enquanto que ser mãe, ao proporcionar a vida, é o ato mais nobre de todos, por conta disso pode-se inferir quanto maior a dor, ou o sofrimento, maior será a recompensa.

 

                              Na próxima etapa, sendo a maior de todas, está o viver, quando “desce” à Terra, você irá receber sua missão divina, bem como sua linha kármica e dármica, entretanto muitos são contaminados nesse mundo e acabam saindo “da linha” e não querem viver como deveriam e “definiram”.

 

                              Algumas pessoas encontram “bengalas” para sobreviver, como o álcool, eletrônicos, drogas, comidas, cigarros. Como se utilizando desses produtos estariam “escapando” do mundo real, no entanto essa fuga é superficial. Esse ato leva aos autos suicidas, estão se utilizando de algo para deixar de viver e logo morrer, porque tem um vazio por dentro, mas não sabem explicar o porquê.

 

                              Muitos querem morrer para fugir desse “mundo contaminado”, todavia não percebem que voltarão para o mesmo barco, ele não zarpará, caso você não cumpra seu plano e o abandone, voltará para uma vida com um contexto muito próximo do qual você abriu mão, ou até pior, por isso da importância de saber viver.

 

                              O ideal é não morrer, para isso acontecer deve-se parar de nascer, não criando karmas e seguindo a linha do darma se alcançará o Moksha (liberação). É quando há ascensão do Ser e não se faz necessário encarnar num corpo novamente. Essa prática do hinduísmo, se fosse realmente exercida pelo mundo ocidental, teríamos relações mais harmoniosas ao redor, assim como menos “retornos” e, sobretudo, saberiam realmente cumprir a ordem natural da vida.

Marcell Schaidhauer Barcellos

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