A utilidade da notícia

 



A utilidade da notícia

 

                                   Há tempos o jornalismo está presente na civilização Terrestre, um dos primeiros veículos surgiu no Império Romano (69 A.C), a partir do desejo de Julio César de informar o povo acerca dos fatos sociais, políticos e militares de Roma. No decorrer dos séculos, a forma e o conteúdo foram evoluindo, gradativamente, porém ainda há matérias que pecam em sua utilidade pública.

 

                                   Na faculdade de jornalismo deve, certamente, existir o ensinamento do editorial de determinado veículo, isto é, uma linha que esse meio de comunicação deve prezar de maneira específica. Um princípio básico da comunicação é transmitir a notícia, independentemente das conseqüências, será mesmo? Não teria um efeito mais eficaz para a sociedade se abstivesse de repassar determinado fato? Ou trazê-lo à baila com uma repetição diária, como se fosse um “mantra” maligno?

 

                                   Geralmente, fontes jornalísticas trazem à tona, uma ou duas vezes por ano, a informação de que uma determinada cidade teria a diminuição de seu contingente policial, uma vez que outra cidade está com uma maior necessidade de segurança. Qual o benefício de publicar isso? Muitas vezes as pessoas não precisam saber, mas sentir e tem olhos para isso! Promover ao público uma notícia dessas só trará efeitos negativos para a cidade que arrefeceu sua segurança. Em algumas situações, o não fazer tem melhor efeito do que o fazer.

 

                                   Outro fato, bem atual, é a contagem diária de mortos pela COVID-19. A cada dia segue a mesma informação com o recrudescimento do número de atingidos/falecidos. Qual a valia disso? Não seria melhor trazer informações, em sua maioria, de tratamentos que evoluíram, pessoas se recuperando, números positivos? Não, a má notícia é que dá ibope, e isso é responsabilidade do público, mas isso não é algo do presente.

 

                               Até mesmo uma suposta boa notícia é transformada em má. A informação do surgimento de vacinas virou a nova “corrida de ouro”, qual Nação seria a primeira a registrá-la. Pelo menos essa é a inferência que se faz, que a cura é um negócio e não uma “salvação” de todos. Isso não se sabe, pode ser manipulação dos veículos de informação ou verdade mesmo, mas se tiver veracidade, mais uma vez elucida que a vida das pessoas é apenas um negócio.

 

                                O jornalismo tem como princípio básico não publicar matérias de suicídio, nunca o faz! No entanto, não estão cometendo um potencial suicídio “mental” em massa? Muito mais grave do uma notícia específica? Notícias perversas e repetidas que somente tem como finalidade nutrir o medo e o pânico, não seria uma afronta a um princípio básico deles? Felizmente, as pessoas têm discernimento e faculdade de não dar poder e energia para isso.


Marcell Schaidhauer Barcellos


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