"Amarelar"

 




“Amarelar”

 

                                   Marco Polo foi um grande viajante do século XIII, com 17 anos, em torno de 1271, seu tio, seu pai e ele atravessaram um vasto caminho, saíram de Veneza e foram até, o que é hoje, Pequim. Lá conheceram o imperador Kublai Khan (neto de Gengis Khan), chefe da dinastia Yuan, um grande Império que adentrava na China, Mongólia e outros países da Ásia.

 

                                   Essa excursão rodou mais de 25 mil km ida e volta, passando na ida pela famosa “rota da seda”. Marco Polo permaneceu no Império Mongol, foi aceito na corte do imperador Kublai. Lá sofreu um choque cultural, percebeu que o povo europeu era bárbaro comparável aos amarelos, como se o povo oriental fosse o futuro, tinha encontrado luz, face ao domínio da escuridão na Idade Média. Experimentou sorvete, macarrão, chá, as cores nunca vistas, os trajes, a educação, a pólvora, dentre muitos. Voltou para Veneza, 25 anos depois, escreveu um livro e foi chamado de louco inventivo por muitos.

 

                                   Os orientais evoluíram muito antes de outros povos, contudo dá a impressão de que pararam no tempo, pior, de que regrediram, para isso têm inúmeros fatores, inchaço populacional, sistemas ditatoriais, costumes, perseguições. A China com sua tecnologia e riquezas, logo, será a maior potência mundial, mas chegará a que preço? Bom, o povo é “escravizado”; os animais, já que tudo que se move, “mexe” com a barriga deles; a poluição desenfreada; a intolerância com outras culturas.

 

                                   A China tem na lista das cidades mais poluídas do mundo o primeiro e o segundo lugar (Linfen e Tianjin) e várias outras próximas disso, Pequim, por exemplo, fica anos sem ver a luz do Sol, quer resultado pior do esse? A China até 2018, 2019 era o maior importador de marfim do Planeta, esse material é retirado dos chifres de Rinocerontes e Elefantes, utilizados para a medicina oriental. Além do mais, os Chineses destruíram vários templos budistas no Tibete, por não aceitar essa crença.

 

                                    Na China se come de tudo, locomoveu-se, portanto tem proteína. Escorpião, rato, cobra, morcego, pangolim (esses dois últimos talvez sejam os atores iniciais da COVID), consomem qualquer animal, nem o mais próximo do homem escapa. O Festival de Yulin, embora os inúmeros protestos, continua acontecendo sempre em junho, mais de 10 milhões de cachorros e 4 milhões de gatos são consumidos, anualmente.

 

                                   Da mesma maneira, o seu vizinho marítimo, o Japão, não é “mocinho” nessa história, talvez seja o maior vilão dos mares, ao lado da Noruega e Islândia, uma vez que são os únicos países quem caçam baleias. O Japão queria caçá-las aqui na Antártica, porém um Tratado não permitiu. Somente 4% da população Japonesa consomem esse tipo de carne, é ínfimo, provavelmente tenha algo escuso por trás dessa prática.

 

                                   Não só as baleias que sofrem, mas também o peixe mais caro do mundo: o atum azul. Um peixe, já que não é respeitada a piracema, está na lista de risco de extinção. O próprio atum que é comprado nos Mercados no Brasil tem uma inferência de outra caça: os golfinhos. Na lata de atum, tem uma imagem de um golfinho, isso quer dizer que o conteúdo do produto é de fato atum e não golfinho, pois infelizmente alguns praticam a caça.

 

                                   De que adianta respeitar um faixa de pedestre, mas avança “o sinal” dos mares? De recolher o lixo sempre, sendo considerado o povo mais educado da Terra, mas suja os mares com sangue do maior mamífero daqui e do mais inteligente? Da mesma forma, há compensação para ter a maior tecnologia (5G) e ser o mais rico dentre todos, mas que retira a vida até de seu “melhor amigo”? Bem, na verdade, a raça amarela mostrou, ao longo do tempo, quem de fato é bárbara, teve a oportunidade de crescer realmente, no entanto não fez por merecê-la, porque “amarelou”.

Marcell Schaidhauer Barcellos

 

 


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