" A pele"

 





“A pele”

                               As pessoas se habituam, ao passar dos anos, com as brincadeiras, inicia-se, de fato, na infância, permanece na adolescência e não termina quando adultas, isso é mais exacerbado com o sexo masculino, talvez seja uma “amostra” de uma demonstração de masculinidade, ou de confiança, ao passo que as mulheres isso se ilustra mais na vaidade.

 

                              Em muitas situações, já devem ter presenciado o famoso bullyng, nada mais é do que incomodar alguém com dizeres, lembranças, apelidos, ou até mesmo agressões. Dificilmente você já não sofreu e/ou praticou tal ato, pode-se dizer que isso é inevitável na vida de qualquer pessoa, como se fosse a fase entre a vida e a morte, é a forma de se chamar a atenção de alguém, ou se utilizar para retirar a energia de uma pessoa. Neste ponto está uma grande questão: como o sujeito passivo recebe esse ato.

 

                             O sujeito ativo coloca o apelido em alguém, essa pessoa não gosta, à medida que ela mais odiar, mais vezes ela será chamada, é como se fosse uma cola, quanto mais tenta se soltar, mais ela gruda. A pessoa que tiver uma pele de um rinoceronte, ela receberá o bullyng numa boa, o corpo não “sentirá”, sabe que isso ocorre, por sua pele ser robusta, menor será a cicatriz, enquanto que a pessoa que tem a pele de um anfíbio, lutará contra o ato e mais angustiante aquilo adentrará no seu Ser, enfrentará isso de inúmeras formas e mais doloroso será, provavelmente o “problema” não esteja com o receptor, mas na baixa estima do causador.

 

                             De outra forma, o sujeito ativo há de ter responsabilidade com seus dizeres, ter a sensibilidade de que tipo de “pele” está bulinando, porque há pessoas que terão cicatrizes eternas, por isso da importância da percepção. Claro, as crianças não discernem isso com facilidade, mas adolescentes e adultos, que ainda fazem isso, tem o dever dessa auto vigilância.

 

                              Somos seres ímpares na essência, contudo sinônimos na convivência, que cada vez mais recrudesça no âmago de cada Ser o limite da brincadeira, ela é imprescindível para a vivência coletiva em qualquer local, isso é inegável, todavia o respeito e a tolerância devem atuar da mesma forma.

Marcell Schaidhauer Barcellos

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